Grupos do Google
Participe do grupo PROFESSORES DE GEOGRAFIA
E-mail:
Visitar este grupo
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA GEOGRAFIA NA ESCOLA

O presente texto é uma discussão sobre a seguinte indagação: A Geografia é, poderia ser ou, melhor, deveria ser a mais importante de todas as disciplinas escolares?

Essa é uma idéia atípica, que pode parecer estranha diante do que a maioria de nós está acostumada a pensar, pois, infelizmente, o ensino da Geografia na escola ainda é associado a duas idéias principais:

A primeira que ela é uma disciplina que leva ao extremo o recurso da "decoreba". Nós fomos educados assim e, apesar de todas as mudanças, ainda podemos dizer que, para “tirar boas notas” em Geografia, em pleno século XXI, o mais importante continua sendo ter uma “boa memória”. E a segundo é que a Geografia é uma matéria que quase nunca reprova e é mais fácil e menos decisiva do que Matemática ou Língua Portuguesa. A aula de Geografia é um bom momento para fazer um pouco mais de bagunça, até mesmo porque, em geral, professores de Geografia são "mais bonzinhos" de que os das outras disciplinas. Enfim, a visão da "decoreba" e da matéria menos séria é triste, porque a Geografia não é nada disso: ela é uma ciência que integra contribuições de outros campos do saber, como da História, Economia, Antropologia, da Biologia, a Sociologia entre outros e que deve ter uma função central na necessária renovação do ensino. Contrariamente à imagem que corre, a geografia não é um saber “inútil” e “desinteressado”, como adverte o geógrafo francês Yves lacoste em seu célebre livro “A geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra”.

Quando os meios de comunicação mostram incessantemente imagens de vilência agindo nos diversos cantos do planeta, é possível que a escola ignore isso? E quando o clima do planeta dá sinais de alterações perturbadoras, talvez por influência da atividade industrial, é aceitável deixar de discutir isso? É claro que não, a não ser que a escola desista de ter entre os seus objetivos o de ajudar a entender o mundo em que vivemos.

Por que isso acontece? Em primeiro lugar, porque é a Geografia que garante um espaço específico para o tratamento das questões sociais e ecológicas dentro das escolas, permitindo que os problemas do mundo e dos alunos sejam discutidos na sala de aula.

É por isso que "um bom professor de Geografia vai para a sala de aula com um jornal e um globo terrestre". Claro, pois tudo o que está acontecendo de importante no mundo pode servir como ponto de partida para o trabalho do professor de Geografia.

E no que deve consistir esse trabalho? Basicamente em mobilizar a curiosidade e as idéias que os alunos já têm sobre os temas debatidos e, com base nisso, conduzir atividades em que vamos localizar, mapear, comparar e analisar criticamente os fenômenos discutidos. É exatamente por isso que há muitas décadas já se afirma que, na escola, a Geografia é fundamental para levar alunos e alunas a discutir além da visão superficial e sensacionalista das manchetes dos jornais e da TV. Então, a Geografia é importante porque, mesmo na escola mais tradicional, abre espaço para que os problemas reais do mundo sejam discutidos e aprofundados. Esse processo revela um outro aspecto importante dessa disciplina: ela pode englobar abordagens de várias outras matérias. Um bom trabalho provoca a necessidade de pesquisar e discutir questões históricas e científicas, produzir textos de síntese, levantar dados numéricos e usar a matemática em um sem-fim de tipos de análises. Ou seja, em um trabalho sério de Geografia, todas as disciplinas devem dar sua contribuição; todas as matérias podem "estar contidas" nela. A Geografia, veja só que chique, é a mais multi e interdisciplinar das ciências.

A Geografia deve ser cada vez mais, explorada como a mais importante das disciplinas, para atingirmos dois objetivos em nossas escolas. Esses objetivos podem parecer contraditórios, mas, na verdade, são profundamente complementares:

Pelo conhecimento do espaço local e pela comparação dele com outros lugares, ajudar cada um(a) a compreender melhor sua inserção territorial e cultural, estudando e analisando que contribui para a construção de uma identidade pessoal e comunitária mais rica. Conhecer cada vez mais e melhor seu lugar, sua cultura e as pessoas que vivem nos mesmos espaços que nós;

Pelo tratamento global dos problemas, pela busca de características comuns, pela análise da distribuição e da evolução espacial dos fenômenos e pelo uso constante do globo e de mapas, levar nossos(as) estudantes a conhecerem cada vez melhor o planeta em que vivemos. É a Geografia que possui a mais nobre das missões na escola do século XXI: preparar nossas crianças e adolescentes para a superação dos patriotismos e regionalismos estreitos, e formar para o respeito às diferenças e para o que nós chamamos de "cidadania planetária".

Afinal de contas, o mundo é mesmo quase uma bola, estamos todos no mesmo barco redondo com sua atmosfera fantástica, o que acontece aqui sempre tem implicações em todas as direções do espaço, e não podemos mais nos dar ao luxo de educar nossas crianças como se isso não fosse uma verdade fundamental. Precisamos da Geografia para nos conhecermos, para conhecermos nosso mundo respeitando sua diversidade e complexidade e para construirmos a cidadania planetária. Decore isso !!!

Sobre o Autor

Professor e Consultor na área de Educação e de Meio Ambiente. É graduado em Geografia - UEPB; Pós-graduado em Ciências Ambientais - FIP/PB; Coordenador de Projetos Educacionais da Secretaria Municipal de Educação do município de Passa e Fica - RN. Professor de Geografia e Ciências na Escola Estadual Sen. João Câmara, Passa e Fica - RN. E-mail: cavalcantegeo@bol.com.br

Firjan: São Fidélis é 1º lugar no IDH 2008

O município de São Fidélis, de pouco mais de 37 mil habitantes, aparece em primeiro lugar em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), numa pesquisa realizada este mês pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), entre os municípios do Norte Fluminense, em 2008.

O trabalho, realizado nos 92 municípios fluminenses, teve como objetivo acompanhar o desenvolvimento humano, social e econômico do interior do estado e servirá de bússola para o direcionamento de políticas públicas e investimentos estatais e privados. Em segundo lugar, ficou Macaé, com quase 170 mil habitantes, como o segundo melhor município da região.

O ex-prefeito de São Fidélis David Loureiro, atual secretário de Obras e Urbanismo de Campos, atribui a posição do município na pesquisa devido ao trabalho e aos investimentos públicos em setores estratégicos feitos nos últimos anos. “Priorizamos setores básicos como a saúde e a educação; obras de infraestrutura, que geraram renda e emprego, além de melhorar a qualidade de vida, como a construção de pontes e escolas, saneamento, asfaltamento e calçamento de ruas, ampliação da rede de água”, avaliou, acrescentando o apoio dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha para as realizações.

Região teve o maior desenvolvimento entre todas do estado

A pesquisa analisou a região formada por nove municípios e comparou dados relacionados à saúde, educação, trabalho e renda produzidos em 2008 com as informações de outros anos. No final, concluiu que o desenvolvimento alcançado foi de 15%, o maior de todas as regiões do estado. O que também contribuiu para esse resultado foi o Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas. Do Norte Fluminense saem 48% do PIB do estado, ou seja, R$ 73 bilhões por ano. No caso de Macaé, o município tem apenas 843 analfabetos. A taxa de analfabetismo de 0,5% foi um dos indicadores levados em conta. Na área de emprego, a cidade gerou quase 6.800 postos de trabalho com carteira assinada no ano passado.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...